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MUG levará vida e obra de Homero Massena ao Carnaval de Vitória em 2024

A Mocidade Unida da Glória (MUG), atual campeã do Carnaval de Vitória, já definiu o tema de seu próximo desfile no Sambão do Povo. Em 2024, o Leão da Glória desfilará um enredo sobre o pintor Homero Massena, maior expoente da pintura impressionista no Espírito Santo.

Homero Massena será enredo da MUG em 2024. (FOTO: Acervo do Museu Homero Massena/Divulgação MUG)
Dono de um traço único e responsável por trazer as técnicas impressionistas ao estado, Massena possui mais de 10 mil obras ao redor do mundo e um museu com seu nome no município canela-verde.

E a escolha de Massena pelo carnavalesco Petterson Alves possui um nobre motivo: mesmo nascido em Minas Gerais, o artista era um apaixonado por Vila Velha e escolheu a Prainha para viver seus últimos 20 anos de vida.

Lá, retratou em telas, madeiras, tecidos e até nas paredes de sua própria casa o cotidiano da cidade que considerava seu paraíso: os pescadores, as lavadeiras, a natureza, a ladeira da Penha, entre outros. Com o título “Massena: Um Olhar em Aquarela” o enredo será assinado pelo jornalista e pesquisador de carnaval Léo Soares.

Homero Massena
Filho do capixaba Alfredo Gabirobertz e da mineira Magdalena Massena, Homero Gabirobetz Massena nasceu em Barbacena, Minas Gerais no dia em 4 de março de 1885.

Ainda bebê veio morar em Vila Velha. Com 15 anos descobriu sua vocação artística e frequentou os cursos de pintura, urbanismo e decoração na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Massena também estudou na Europa, na Academia Julien, em Paris. Pressionado pelo pai, formou-se em Odontologia, profissão que exerceu por dois anos. Foi jornalista e redator de A Batalha, O País, Jornal do Comércio e A Tarde.

Ele tinha um amor declarado por Vila Velha e dizia que “para se viver bem, tem que ser em Paris ou em Vila Velha”, deixando bem clara sua paixão pelo município.

Escreveu dois livros Miracema e Atribulações de um Capixaba. Nas suas pinturas a natureza era sua grande fonte de inspiração, em quadros com uma riqueza de texturas e transparências, levando, com suas pinceladas, um realismo às obras, criando vida em seus quadros.

A maior obra do pintor é o quadro Solidão, que hoje se encontra nas paredes do Palácio Anchieta. Além das diversas obras, é de Homero Massena a pintura do teto do Teatro Carlos Gomes. Durante sua vida de pintor, foi premiado com 28 medalhas, além de diplomas e de outros prêmios.

Foi casado com Cecília Massena e teve três filhos. Casou-se novamente com a gaúcha Adelina Massena, conhecida como Edy, com quem viveu até seus últimos dias. Homero Massena faleceu em 1979, aos 89 anos.

A casa, onde residia com sua esposa na Prainha, foi transformada posteriormente no Museu e Atelier Homero Massena, que dedica a preservar parte de seu legado artístico, tal como o ambiente doméstico onde residiu por vinte e três anos.

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